As vezes a nossa memória deixa a desejar quando queremos algumas lembranças antigas, a minha então… lembro de idas ao armazém próximo da minha casa que tinha umas máquinas de fliperama, mas apesar de lembrar que o motivo era The King of Fighters, infelizmente não consegui resgatar qual era a versão do jogo, então vou trazer um pouco do sentimento da coisa.
Lembro de ficar assistindo a galera do bairro jogando 1×1 de KoF no fliperama… na época não fazia ideia de como funcionava esse tipo de jogo, tive contato antes com Mortal Kombat de Super Nintendo, mas achava que era uma questão de apertar os botões sem medo de ser feliz, então quando observava os combos “matadores” da galera, ficava vibrando com aquilo.
Não demorou muito para eu começar a comprar fichas e jogar The King of Fighters até acabar meu pouco dinheiro da época. Joguei durante um bom tempo no fliperama, mas não entendia bem como funcionava os combos, embora tenha decorado alguns combos básicos, acabava simplesmente apertando botões a maioria do tempo de luta.
Bons tempos aqueles… motivo do meu apreço por jogos de luta quando adulto. Atualmente eu já entendo como funciona jogos de luta, ainda que não seja um grande entendedor assim, consigo fazer combos, e me divertir, que é a grande graça da coisa para mim.
Peguei The King of Fighters XV no Steam para tentar trazer um pouco daquele diversão de moleque de volta, fui surpreendido com um jogo cuja essência parecia intacta, mas ainda não saberia dizer de maneira comparativa o quanto a franquia evoluiu desde a minha última experiência com o jogo. O que eu posso dizer é que KoF nunca pareceu tão legal para mim como nesse décimo quinto jogo.
Tutoriais em jogos geralmente são cansativos, mas em jogos de luta se fazem necessário. Sempre que começo a jogar algum jogo de luta novo, passo algum tempo aprendendo com os tutoriais, afinal um bom lutador é construído com bons ensinamentos.
Depois de aprender como funcionava KoF XV na teoria, foi a hora de colocar o meu básico entendimento do jogo em prática no treinamento, e logo depois no modo História.
The King of Fighters XV foi um resgate a algumas das minhas memórias de moleque e me deixou a cada partida entretido de um jeito nostálgico. Não poderia falar sobre as mudanças da série ao decorrer dos anos, mas me sinto jogando um jogo tão divertido quanto aquele que jogava quando moleque.
É bom estar jogando um The King of Fighters outra vez depois de tanto tempo, estou me divertido como na época de fliperama, mas desta vez no conforto da minha casa, e sem precisar comprar fichas para continuar jogando após uma derrota.
Gosto quando algum jogo do passado está no meu presente de um jeito renovado, a maioria das desenvolvedoras de grandes jogos de luta tem entendido sobre a importância de renovar suas séries com cuidados para entregar uma experiência nostálgica até onde faz sentido, memorável e verdadeiramente divertida. The King of Fighters XV faz o que se espera de um bom jogo de luta. Depois de selecionar seus lutadores e entrar em combate, seu entretenimento está garantido.