Conquistas é um negócio que existe há um bom tempo nos principais serviços de vídeo games, e não é novidade para ninguém. Apesar de achar bonito de olhar, mas ordinário de se obter, de uns tempos para cá, tenho olhado com outros olhos.
Nunca tive apego pelas conquistas dos games que jogo, todavia aos poucos minha percepção quanto as mesma tem mudado devido a estranha sensação de estar deixando de lado algo que teoricamente simboliza o “verdadeiro” fechamento de um jogo. Obviamente tal sensação é coisa do meu pequeno TOC falando mais alto…
A cada novo jogo iniciado, fico pensando sobre as suas conquistas, se vou ou não me dedicar a elas. Embora por um lado seja a melhor estratégia quando estou realmente disposto a conquistá-las, iniciar um jogo pensando nas conquistas muita das vezes é como firmar um compromisso sério demais entre você e o jogo. Mesmo você gostando bastante de um determinado jogo, algumas conquistas ou mesmo todas, podem não ser do seu interesse, e é aí que mora o perigo, já que você pode acabar se colocando em uma posição difícil com você mesmo.
Conquistando as conquistas
Meu TOC que me perdoe, mas não tenho condições de ser um jogador movido pelas conquistas, porém preciso confessar que pensar sobre elas tem sido positivo. Games que estou gostando muito de jogar, agora estão tendo uma atenção maior da minha parte, pois estou mais interessado em explorá-los, e esse tipo de profundidade tem estabelecido uma conexão verdadeira entre mim e os games que tenho curtido pegar suas conquistas.
A minha estratégia para lidar com as conquistas tem sido a seguinte: o que conseguir conquistar, sem questionar o tempo investido. Desta forma encaro um determinado jogo com o objetivo preestabelecido de pegar todas as suas conquistas, porém se em algum momento a minha experiência for comprometida negativamente, devo deixar de lado, e conviver apenas com as conquistas que consegui alcançar. Falando até parece um caminho fácil, mas não é sempre assim, há games que para conseguir todas as suas conquistas é preciso uma dedicação fora do normal, e não basta só querer muito, geralmente é preciso de habilidade e tempo em grandes proporções. Talvez um dos maiores desafios da coisa toda seja visualizar rapidamente quando isso acontece, e entender que as vezes pode ser o fim da linha, e está tudo bem também.
Há muitas controvérsias quanto as conquistas, é normal algumas pessoas simplesmente não gostarem, eu mesmo não fazia nenhuma questão até entender o quanto a minha experiência através de games que souberam tirar proveito das conquistas foi enriquecida. Em alguns casos, as conquistas de um determinado jogo podem não fazer sentido para você, levantando a deixa ideal para ignorá-las. As vezes a gente esquece que é livre para abandonar um jogo que não está mais agradando… não tem conquista que justifique o seu tempo quando ele está sendo gasto em algo que não está agregando em nada.
A minha primeira platina
Uma história de conquistas (troféus) dolorida para mim, envolve God of War Ragnarök. Simplesmente decidi que GoW Ragnarök seria a minha primeira platina, havia acabado de comprar o meu PlayStation 5, justamente aquela versão que tem incluso uma cópia do jogo, enfim… tudo isso sem ter jogado o jogo o suficiente para entender se valia tamanhos esforços. A minha experiência com GoW Ragnarök foi divertida, é inegável, suas mecânicas e puzzles me consumiram positivamente, porém aspectos da história, e construção de personagens deixaram a desejar para mim de tal maneira que eu não senti qualquer conexão com tudo que me foi apresentado no jogo. Logo, como GoW Ragnarök não se conectou comigo profundamente, talvez uma platina do jogo não fosse tão necessária assim. Minha primeira platina foi GoW Ragnarök, e é uma conquista legal, mas precisei me forçar a jogar um jogo que já havia chegado ao seu limite para mim. Conclusão: a jornada, pelo menos para mim, é mais importante que o destino, e a minha jornada com o jogo acabou sendo comprometida demais pelo destino.
Conquistando todas as conquistas
Queria conquistar todas as conquistas dos meus games favoritos, porém tenho noção do meu escasso tempo, e habilidades as vezes duvidosas. Agora que almejo cada vez mais as conquistas dos games que jogo, consequentemente tenho aproveitado melhor eles. Mesmo a menor das conquistas, quando conquistada, acaba sendo um tipo de comprovação do quanto explorei determinados aspectos de um jogo. Enquanto houver diversão, vale a motivação. Sempre tento “pregar” isso quando falo de games, e é justamente porque acredito na magia do entretenimento na vida das pessoas, especialmente na minha.
Deixe um comentário