Às vezes permitimos que a opinião alheia prevaleça a nossa ao ponto de deixarmos de experimentar algo, simplesmente porque pessoas em quem confiamos disseram que o nosso tempo não deveria ser “desperdiçado” em Suicide Squad: Kill the Justice League, por exemplo.
Suicide Squad: Kill the Justice League é um título da Rocksteady Studios, e só por isso, na minha opinião, vale ser experimentado. A Rocksteady Studios fez um trabalho primoroso na trilogia de jogos do Batman (Arkham Asylum, Arkham City e Arkham Knight), assim como Christopher Nolan fez com os filmes. Nem sempre o bom portfólio de uma desenvolvedora é garantia de grandes jogos, mas com tamanha competência, questionamos quais são as chances de fazerem algo intragável, não é mesmo? Bem, segundo a maioria, Suicide Squad: Kill the Justice League é um lixo, e não um jogo. Quanto à minha opinião, considero a comoção negativa acerca do jogo excessivamente fervorosa para um jogo que, apesar de todos os seus defeitos, é divertido.
Joguei por umas boas horas e ainda estou jogando Suicide Squad: Kill the Justice League, logo me sinto no direito de opinar positivamente, afinal, estou me divertindo com o jogo. Os personagens são distintos e interessantes, cada um da sua maneira, as mecânicas de tiro e habilidades cumprem seu papel, as piadas bobinhas são engraçadas, e o desenrolar da estória tem seu valor. Há defeitos, e aos montes, diga-se de passagem, mas quando você encara tais defeitos sem ódio no coração, e entende que esse jogo deveria ter o único propósito de entretê-lo por algumas horas, tudo fica mais colorido (implicaram até com isso, infelizmente).
No jogo os vilões “são os heróis”, e os “heróis são os vilões”, e como um “bom vilão”, você deverá ser um “bom herói”. Parece e é divertido, mas não espere nada muito elaborado, Suicide Squad: Kill the Justice League tem ressalvas em quase todos os seus aspectos.
No PC, Suicide Squad: Kill the Justice League apresenta um desempenho insatisfatório, mesmo em configurações boas. Passei alguns minutos na tela de configurações até encontrar um equilíbrio que me permitisse jogá-lo a pelo menos 60 fps sem muitos travamentos. Dependendo do seu hardware, talvez você tenha mais sorte, mas saiba que o desempenho no PC até o momento é ruim.
Gosto que Suicide Squad: Kill the Justice League é um jogo descompromissado cujas sessões de jogatina oferecem uma experiência frenética de disparos para todos os lados, manobras de movimentação espalhafatosas e derrubadas de inimigos. Acredito de verdade que não era esse o único objetivo da desenvolvedora com o jogo, afinal… o mesmo deveria ser um desses jogos serviço duradouros, todavia, dadas as suas particularidades rasas, o jogo não ganhou o coração das pessoas. Particularmente, não gosto de jogo serviço, então esse aspecto do jogo não me interessa, estou defendendo a sua experiência solo, e sem amarras.
As missões principais e secundárias da campanha não entregam nada de novo, tanto que decidi ignorar a maioria das missões secundárias, já que parecem mais listas de tarefas, assim como as principais são, de certo modo, contudo, desenrolam a estória do jogo, e têm seus bons momentos. Há muitas recompensas no jogo, e quase sempre você ganha algo útil (ou não) que pode renovar a sua jogatina de algum modo.
Adquiri Suicide Squad: Kill the Justice League no Steam por menos de R$ 20, um valor impressionante. Portanto, devido ao preço que paguei, deixei de lado muitas exigências que teria se tivesse pago o valor cheio. O jogo ainda é divertido, e vale o seu dinheiro desde que faça sentido para você. Na minha opinião, o preço atual é elevado pelo que é oferecido, mas com um desconto generoso, não há razão para não comprá-lo, obviamente levando em consideração que você quer realmente jogá-lo.
Suicide Squad: Kill the Justice League é um jogo que poderia ter sido um jogão, mas apesar de estar longe disso, não é esse desastre todo que muitos tem falado por aí… houveram muitas discussões negativas sobre o jogo entre pessoas que não jogaram, o que não faz qualquer sentido. Gosto de estar sempre aberto para experiências que de algum modo me divirtam, e nem precisam ser tão divertidas assim, não é proibido se divertir moderadamente, ou com mais do mesmo. Sei o valor do meu tempo, e também sei o quão triste seria a minha vida se perdesse ele procurando o melhor dos mundos. Suicide Squad: Kill the Justice League é só mais um jogo.
