Paper Trail é um jogo de aventura baseado em puzzles que se passa em um mundo de dobraduras de papel, no jogo você controla Page, uma adorável menina que decide sair de casa para se dedicar aos estudos.
No papel de Page, conforme você avança pelas localizações, novas páginas do seu diário são relevadas, e mais detalhes sobre a personagem são expostos. Poder entender mais sobre Page cria uma ligação legal entre você e a personagem, aprofundando a sua experiência com o jogo.
O mundo de Paper Trail é formado a partir de folhas de papel, e tais folhas podem ser manipuladas por você, e é mais ou menos assim que boa parte da mágica do jogo acontece. Cada cenário do jogo é construído a partir de uma ou mais folhas de papel, e como na vida real, você pode dobrá-las, tornando possível a ligação entre frente e verso da folha.
As dobras de papel reservam os maiores desafios, é dobrando que você avança no jogo. As possibilidades de dobras são diversas, e estão sempre mudando a cada nova localização.
Os puzzles seguem uma estrutura linear, porém sua resolução depende da sua percepção das dobras. Sempre que você começa um novo cenário, seus movimentos são limitados pela falta de ligação das coisas, impossibilitando o seu avanço até resolver todos os empecilhos pelo caminho.
O desafio dos puzzle está na disposição das coisas, imagine um cenário simples de apenas um papel, onde há 8 possibilidades de dobras, e seu papel tem frente e verso, e ainda que a frente seja a parte mais importante, o verso muita das vezes precisa se comunicar com a frente para viabilizar um caminho até o objetivo.
A cada nova localização, mecânicas diferenciadas são apresentadas, dando um frescor para os desafios, porém a estrutura das resoluções continua a mesma. Paper Trail não tem uma dificuldade elevada, mesmo se você fizer questão de coletar todos os origamis secretos. É desafiado, mas o aspecto de tentativa e erro funciona bem, e você pode ir tentando as possibilidades até dar certo, não é o melhor jeito de jogar, na minha opinião, mas quando a sua percepção falha, é um jeito de não se sentir tão frustrado, e em último caso, também é possível ver dicas de como dobrar, mas não recomendo.
Visualmente Paper Trail é um deslumbre, seu estilo artístico meio puxado para aquarela em papel é caprichado. A parte sonora cumpre o seu papel.
Paper Trail é um jogo contemplativo e ao mesmo tempo desafiador. Solucionar os seus desafios é prazeroso e divertido. Sem dúvidas uma experiência aconchegante do começo ao fim.
A cópia do jogo utilizada para essa review foi generosamente disponibilizada pela assessoria de imprensa da Newfangled Games, desenvolvedora e distribuidora do jogo, a qual agradeço pela confiança.