Teslagrad 2 diverte com seu magnetismo, mas é ameno – Review

Apesar do conceito baseado em magnetismo interessante e divertido, Teslagrad 2 entrega uma experiência amena.

Tempo de leitura: 3 minutos


Quando o primeiro Teslagrad foi lançado em 2013, não tive a oportunidade de jogá-lo, e até pouco tempo, era um título completamente desconhecido para mim. Teslagrad 2 me chamou atenção pelo visual caprichado e conceito que utiliza o magnetismo como poder, algo aparentemente presente no primeiro jogo, porém minha atual experiência com Teslagrad é totalmente baseada no segundo jogo.

Nos céus, Lumina, a protagonista do jogo, tem seu veículo voador abatido pelo inimigo e cai em uma terra remota conhecida por Wyrmheim. Sua aventura controlando Lumina começa logo após a queda, seu objetivo é simplesmente dar o fora dessa terra e voltar para a sua família. Conforme Lumina explora as terras, começa a descobrir seus segredos, e principalmente sua forte influência pelo magnetismo. Logo de início você é incentivado a dominar o magnetismo para sobreviver diante tanta força da atração.

O magnetismo é o que te move no jogo, como Wyrmheim é repleta de estruturas moldadas com aspectos propícios para o magnetismo, você deverá utilizar os poderes dominados para conseguir avançar. Os cenários do jogo, em sua maioria, são como puzzles de caminhos a serem seguidos, então antes você deverá entender seu funcionamento utilizando o magnetismo. Boa parte do desafio do jogo está justamente no entendimento de cada aspecto que possui magnetismo.

Os puzzles propostos são um tanto fáceis demais de lidar, bastando um pouco de observação para conseguir resolvê-los, mesmo essa característica tornando a experiência mais acessível, faz falta um pouco mais de substância nos desafios. Os chefes são desafiadores, apesar dos comportamentos fáceis de memorizar, mas basta um simples deslize para ter que fazer uma nova tentativa de derrubá-lo, algo frustrante e instigante ao mesmo tempo.

As façanhas do magnetismo – Screenshot: Steam Deck/Joguindie

Lumina é uma personagem limitada pelo magnetismo que possui, necessitando quase que completamente de interações baseadas em força da atração para reagir aos acontecimentos. Mesmo sendo interessante essa habilidade entrelaçada à jogabilidade, alguns momentos a personagem ficará rendida pelas suas próprias habilidades magnéticas, fazendo com que confrontos direto sejam pouco criativo.

Percorrer pelos cenários repletos de trechos que exigem malabarismos baseado em magnetismo é uma das coisas mais divertidas de se fazer em Teslagrad 2, inclusive acredito que os amantes de speedrun vão curtir fechar o jogo em tempos recordes por conta disso.

Lá no fundo, uma perseguição em andamento… – Screenshot: Steam Deck/Joguindie

É divertido lidar com o magnetismo e seus diversos comportamentos de ação e reação, ainda que Teslagrad 2 explore esse conceito em alguns trechos de maneira preguiçosa, a experiência é inventiva. O jogo é curto, mas se você estiver disposto a encontrar todos os coletáveis, terá algumas boas horas adicionais pela frente. Ao concluir o jogo, senti que a experiência poderia ter sido mais profunda, mas se perdeu um pouco pela falta de momentos memoráveis, foi apenas como uma passagem legal.

A cópia do jogo utilizada para essa review foi generosamente disponibilizada pela assessoria de imprensa da Modus Games, distribuidora do jogo, a qual agradeço pela confiança.


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