Sonic Colors é uma acessível e renovada experiência com o Sonic – Review

Sonic Colors é sem sombra de dúvidas um dos melhores títulos em 3D do Sonic, mantém as boas ideias acumuladas ao decorrer dos anos e propõe novas realmente divertidas.

Tempo de leitura: 4 minutos


Sonic Colors é um jogo que foi lançado já tem um bom tempo, porém exclusivamente para os consoles da Nintendo da época. Quando lançado, lá em 2010, teve uma resposta positiva do público, inclusive se tornou um sucesso comercial.

Em 2021 foi lançado a versão Ultimate do jogo, que nada mais é do que um versão remasterizada do mesmo, porém agora disponível para diversas plataformas.

Finalmente chegou o meu momento de falar sobre esse jogo, e vou falar justamente da versão de PC disponível no Steam.

Sonic Colors: Ultimate conta uma historinha de fundo onde Sonic e Tails roubam cena quase que o tempo inteiro, ainda que Dr. Eggman (vulgo Robotnik) esteja presente… aconteceu o seguinte: Eggman capturou uns bichinhos alienígenas coloridos e adoráveis conhecidos como Wisps, você como bom herói, tá escalado para libertá-los. Resumidamente o contexto para o Sonic fazer o que ele faz de melhor é esse. Agora é lidar com os mirabolantes desafios enquanto corre desenfreadamente.

Ninguém pega! – Imagem: Mídia/SEGA

No que diz respeito ao Sonic no mundo 3D, Colors é um dos poucos títulos da série que consegue entregar uma experiência realmente agradável. Fiquei empolgado jogando um jogo do Sonic, e é algo particularmente muito positivo.

Sonic Colors talvez seja um dos jogos mais acessíveis no que diz respeito à mecânicas, porém é o típico jogo: fácil de jogar, mas difícil de dominar. Se você já jogou qualquer jogo do Sonic ou esse é o seu primeiro, Colors te ensina a jogar da melhor forma: enquanto você joga, possibilitando que você inclusive ignore as “hints”.

Quando um personagem precisa percorrer por um cenário em velocidades que só um ouriço azul consegue alcançar, a fluidez automaticamente se torna uma peça chave para um bom jogo, afinal, nem mesmo problemas técnicos são justificáveis nesse tipo de mecânica. Durante toda jogatina é perceptível o cuidado dos desenvolvedores com a mecânica principal do jogo, a fluidez é latente, mesmo diante tamanha frenesia do jogo, proporcionando uma experiência verdadeiramente empolgante. Infelizmente há algumas ressalvas técnicas, em circunstâncias diversas, ainda que não necessariamente durante momentos críticos de jogatina, como quando você está em movimentos sincronizados com o cenário e constantes, quedas de FPS rápidas se fazem presentes. Quebra de ritmo por questões técnicas é bem frustrante… acredito que pode ser algo relacionado ao meu hardware, conferindo relatos de outros jogadores, alguns não passaram por isso, bem… felizmente a minha experiência não foi comprometida.

Devo dizer que gostei de Sonic Colors, o jogo traz de volta aquela jogabilidade gostosa da série, mas de um jeito renovado. Não é um jogo tão singular, é como se Colors fosse um jogo de Sonic feito com esmero, sabe… o que gosto muito no jogo é o seu comprometimento com a frenesia, cenários e personagens tem seus detalhes evidentes a todo momento, aspectos vibrantes saltam os olhos, e o level design tem um aspecto explosivo em determinados trechos que só aumenta a sensação de empolgação, especialmente quando dominamos aspectos de movimentação desenfreada.

O Wisp Amarelo transforma o Sonic em furadeira para você entrar de cabeça nos cenários – Screenshot: Mídia/SEGA

Os Wisps são uma adição muito legal ao jogo, imagine eles como power-ups planejados para determinados tipos de desafios. É divertido utilizar a habilidade de algum Wisp em determinados obstáculos de cenário. Existem Wisps diversos, e todos com características muito únicas, desde de um generoso boost, até transformar o Sonic em fechos de luz que se debatem feito bola de pinball… é algo que faz toda a diferença na jogatina, trazendo um diferencial distante de algo genérico.

Sonic Colors é uma experiência curtinha, algo em torno de 5 horinhas você consegue fechar o jogo dependendo do seu ritmo, mas ainda haverá muitas tarefas para serem realizadas, como coletar diversos coletáveis, essenciais para deixar o Sonic do jeito que você quiser, assim como contribuir com o desbloqueio do Super Sonic, e não menos importante, tem o divertido Egg Shuttle, uma modalidade que você deve bater seus recordes em diferentes atos. Diria que o jogo começa mesmo após seu primeiro fechamento, pois é quando você já tem uma experiência maior com os cenários, e além disso os cenários permitem a interação de novos Wisps, já que à essa altura estarão acessíveis em lugares que não estavam anteriormente, possibilitando novas possibilidades de exploração.

Quanto aos desafios do jogo, em sua maioria são equilibrados, embora nada muito desafiador… a grande maioria dos desafios dos cenário são uma questão de investida. Talvez o maior desafio seja se dedicar em fazer 100% do jogo. Pegar alguns coletáveis não é nada fácil, mas você vai pegando o jeito com tentativa e erro, quanto as batalhas contra chefes, existem por existir, tirando a última, todas são muito fáceis.

Dar aquele “escorregão” é muito maneiro – Imagem: Mídia/SEGA

Corre, desliza, desliza, salta, corre, desliza, bate em alguma coisa, continua correndo, deslizando, saltando… como é boa essa jogatina, meus amigos. É uma das sacadas que faz Sonic ser tão legal, na minha opinião. E quando a gente consegue avançar freneticamente sem quebrar o ritmo? É muito divertido. Dá vontade de parar de escrever para voltar a jogar.

Sonic Colors tá aí para a gente curtir uma diversão leve, seus desafios são dosados e isso não é um problema, muito pelo contrário, é um jeito acertado de tornar o ouriço azul mais querido quando transportado para o mundo 3D. Que meu ouriço interior nunca pare. Se prepara Robotnik, que estou chegando de faísca no pé para te pegar.

A cópia do jogo utilizada para essa review foi generosamente disponibilizada pela assessoria de imprensa da SEGA, desenvolvedora e distribuidora do jogo, a qual agradeço pela confiança.


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