O trágico desfecho da minha relação com Final Fantasy XVI, parte 2

Apesar de adorar o começo da minha aventura em FFXVI, o desenrolar do jogo não me pegou.

Tempo de leitura: 2 minutos


Desde os primeiros materiais de divulgação de Final Fantasy XVI, imaginei que o jogo seria incrível, e quando finalmente comecei a jogá-lo, tive ainda mais certeza quanto a isso, acreditei tanto que as minhas expectativas faziam sentido, que fiz uma publicação para compartilhar a minha empolgação quanto ao jogo, afinal, estava feliz com a minha experiência até ali.

Depois de algumas dezenas de horas de FFXVI, não suportava mais os vícios do jogo. Eu estava realmente empolgado com o jogo, tanto que até a platina do mesmo comecei a cogitar, inclusive sabendo que teria que zerar o jogo duas vezes para platinar, algo que eu não costumo fazer nem com os meus jogos mais queridos. Quando estava chegando nas 50 horas de jogatina, comecei a choramingar sobre os seus defeitos com a minha esposa. Depois de muito pensar e pesar, decidi que o melhor era excluí-lo.

Final Fantasy XVI tem uma estrutura de missões principais e secundárias que comprometeram a minha experiência com o jogo. Basicamente você faz uma quantidade X de missões principais que mais parecem secundárias até chegar ao objetivo final de cada capítulo, e as missões secundárias são parecidas com as missões principais que ocorrem enquanto você não chega no objetivo final do capítulo, e é isso.

Até onde joguei, a estrutura das missões é a mesma, de poucas variações, com exceção do desenrolar da estória contada, diga-se de passagem, muito boa. Na maioria do tempo, eu estava acompanhando alguns diálogos cansativos e simplesmente matando criaturas para poder concluir as missões principais e/ou secundárias. Agora o que me frustrava mesmo, eram as missões de menino de recado, houveram muitas missões assim, e caramba, como são tediosas. Houve momentos que eu tive que falar com várias pessoas do meu acampamento que tem um bom grau de relacionamento, apenas para dizer que fulano falou que abobrinha era verde, precisei pegar alguma coisa superficial para alguém em uma região distante, salvar pessoas indefesas na beira da estrada… e muitas outras com o mesmo nível de superficialidade. Quem joga RPG sabe que missões assim são até comuns dependendo do jogo, mas em excesso, e sem qualquer mudança criativa, ninguém merece.

Sinceramente, até onde joguei, refletindo sobre as diversas missões que eu conclui, não consigo nem lembrar quais me divertiram, pois a maioria esmagadora de missões ruins ofuscaram as boas.

Lembro de ouvir muito burburinho sobre o sistema de combates, e pelo menos para mim, foi o menor dos problemas, confesso que a sua simplicidade incomoda, mas é tão divertido que preferi ignorar seus defeitos.

Final Fantasy XVI é um jogo que tinha tudo para ganhar o meu coração, mas acabou se mostrando um jogo decepcionante durante o seu desenrolar. Estou tranquilo quanto a minha decisão de abandoná-lo, estender mais a experiência somente para concluí-lo seria terrível.

Leia a primeira parte dessa experiência.


Publicado

em

por